Depois de tanto tempo sem chuva, fumaceiro encobrindo completamente o céu e aeroporto sem autorização para pouso e decolagem, pastos secos e gado faminto, gente de todas as classes com problemas respiratórios...a chuva caiu hoje.
Desceu do céu com força e ventania, como que estivesse com saudade de molhar nossa terra, de acabar com o verão amazônico antes do tempo.
Desceu como se estivesse com raiva. Raiva de ter ficado presa lá em cima por causa de tanta queimada.
Molhou com gosto a grama recém plantada da casa da minha filha Renata, mostrou que na cobertura nova não existem goteiras e que na porta da frente realmente precisa de algum tipo de proteção, pra água não entrar por baixo da porta.
Mostrou que tem tempo para todas as coisas, do jeito que diz na bíblia. Ainda não é o inverno chuvoso da Amazônia, mas meu coração se alegrou tanto com ela... Talvez por isso eu seja apaixonada por guarda-chuva, sei lá!